domingo, 9 de setembro de 2007

Um rabisco


mescla de vozes e sons e ruídos no turvo da linguagem

conduzem ao não-estado de torpor, de não fazer, de não viver

de estar entre os destroços

de ser um destroço

na iminência do desastre



são rabiscos travestidos em formas-de-vida

informes inacabados inacabáveis

infames ao estar preso do ego

infames à infâmia do sou



perfurantes projéteis

proliferantes restos de poeira pedregosa







Atravessar a linguagem, estilhaçar a liguagem

para encontrar a vida, sim ainda é velhavida!, até então teatralmente mascarada

tragicomicamente mascarada em morte.






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